Em meu texto anterior, discutimos as variáveis que devem ser consideradas no cálculo dos ROIs dos programas de vacinação. Agora vamos nos concentrar em como calcular o ROI dos Programas de Screenings.
Antes de qualquer coisa, entretanto, vale reforçar o conceito por trás dos programas de screenings. Eles são direcionados a detectar doenças ou condições específicas dentro de uma população-alvo.
Sendo assim, da mesma forma que os programas de vacinação, há uma variedade de programas de screenings para escolher: hipertensão arterial, colesterol, peso e IMC, glicose, estresse, Covid-19, mamografias, câncer de cólon etc. Alguns podem ser realizados em feiras de saúde ou nas instalações das empresas, enquanto outros requerem equipamento de diagnóstico médico.
O que todos eles têm em comum? Todos eles se destinam a detectar problemas físicos e comportamentais antes que se tornem algo mais sério. Então, quais variáveis devem ser consideradas na medição de seus ROIs?
Quando pensamos em programas, é inevitável pensar em quanto seria preciso investir nele. Desse modo, o “investimento do programa” seria o custo total de conduzir o screening: o custo do teste, equipamento, equipe para administrar o screening e material para se comunicar com os funcionários.
As reduções de custos utilizadas no cálculo do ROI seriam os custos reduzidos associados com as condições físicas e comportamentais que seriam geradas – caso tais condições não fossem detectadas antecipadamente.
Nesse sentido, é possível considerar dois cenários: um em que as condições se desenvolvem rapidamente, como é o caso da Covid-19; e outro em que podem se desenvolver mais lentamente, como casos de diabetes, doença cardiovascular ou câncer de mama, por exemplo.
Sendo assim, para mensurar a economia é preciso considerar quanto tempo leva para o desenvolvimento de cada enfermidades, já que, ao longo do tempo, devemos considerar a taxa de inflação dos custos e/ou prêmios de tratamentos médicos e o custo de oportunidade do dinheiro.
Porém, os custos médicos de tratamento/acréscimo do prêmio do plano é apenas um dos “seis grandes” custos impactados pelos programas de prevenção, quais são os outros cinco?
Eles incluem absenteísmo, presenteísmo, custos de substituição (incluindo custos de treinamento e realocação de novos funcionários que substituem funcionários que deixam uma empresa devido a uma condição), acidentes e afastamentos.
Cada um desses custos é impactado de forma diferente, dependendo da doença. Além disso, as taxas de participação e efetividade do screening devem ser consideradas no cálculo dos ROIs desses programas. Isso significa que identificar uma condição de saúde entre o grupo-alvo não é o bastante para declarar vitória.
Alguma ação deve ser tomada para “corrigir” o problema. É aqui que começa o verdadeiro trabalho. Assim, no cálculo do ROI do programa, além de considerar a taxa de efetividade do screening na identificação de uma doença ou condição, deve-se considerar a probabilidade de o funcionário com uma doença tomar alguma ação para sanar a doença.
Mais uma vez, reitero que os dias de convencer as pessoas que aprovam programas preventivos com base em cálculos simplistas ou argumentos como “pense no suicídio ou ataque cardíaco que prevenimos” acabaram. Certamente, ferramentas como a Calculadora de ROI™ WELLCAST tornarão seu trabalho muito mais fácil e, melhor ainda: mais confiável.
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