Em um dos meus textos anteriores, expliquei como calcular a redução de custos de produtividade de um programa de bem-estar (na minha experiência, a economia de produtividade é a maior de todas as economias). Desta vez, vou me concentrar nos outros tipos de economias que podem ser feitas.
Primeiro, vamos relembrar quais são. A primeira seria a redução dos custos de rotatividade, como treinamento e realocação, a partir da redução de funcionários que deixam a empresa por condições físicas e comportamentais.
Uma redução de custo adicional inclui, por exemplo, a redução de acidentes decorrentes principalmente de condições comportamentais (percebo que um acidente pode ocorrer por causa de um ataque cardíaco súbito ao dirigir um trator, mas os acidentes geralmente ocorrem devido ao abuso de substâncias ou distrações causadas por questões pessoais). Em vários setores (como mineração) o custo de um acidente é enorme, enquanto em outros, pode ser menor.
Finalmente, há uma redução de custos asssociados com afastamentos. Geralmente, as empresas brasileiras arcam com um pagamento igual a 50% do salário mensal antes que o afastado comece a receber pagamentos do INSS. Obenefício é concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), mas há um longo caminho a ser percorrido, que se inicia com o requerimento do auxílio-doença, consulta com a perícia-médica, constatação da invalidez para que só então a aposentadoria por invalidez seja indicada.
Há também situações em que a perícia do INSS atesta que o funcionário deve trabalhar e o médico da empresa afirma que não, é o que recebe o nome de limbo previdenciário, no qual o entendimento judicial brasileiro também afirma que quem deve arcar com os custos do salário do funcionário afastado é a empresa, conforme explica o portal Consultor Jurídico.
Em outras palavras, há muito mais economias a serem consideradas além das reduções nos prêmios de seguro de saúde, e dificilmente são indiretas.
Nossa calculadora de ROI inclui fórmulas e premissas que calculam cada tipo de economia, mas o objetivo dos meus textos é esclarecer a lógica dos cálculos e quais tipos de dados são considerados nos cálculos.
Como mencionado acima, os programas de bem-estar reduzem a rotatividade.
Primeiro, devemos diferenciar a rotatividade geral da rotatividade causada por condições físicas e comportamentais. Assim, uma suposição que deve ser estimada é a taxa de rotatividade causada por cada tipo de condição.
Uma vez calculado o número de funcionários que deixam a empresa devido a uma condição, devemos considerar se os funcionários que saem são substituídos. Isso depende das condições econômicas.
Durante anos de crescimento econômico, geralmente os substituímos. Durante as recessões, as empresas impõem congelamentos de contratação. Uma vez determinado o número de funcionários substitutos, devemos considerar a porcentagem de funcionários que serão treinados e o custo do treinamento.
Além disso, os funcionários substitutos às vezes recebem um subsídio de realocação. Isso depende da função e do nível de uma empresa. Em uma cidade fabril, por exemplo, os funcionários substitutos geralmente não recebem subsídios de realocação.
Então precisamos gerar suposições sobre o percentual de funcionários substitutos que serão pagos um subsídio de relocaçãoe que serão treinados. Com essas premissas, junto com a taxa de efetividade da redução destes custos, podemos calcular as reduções dos custos da rotatividade devido ao programa preventivo.
As economias de custos decorrentes da redução de acidentes e incapacidades são feitas de maneira semelhante.
Meu próximo texto apresentará um Case Study que inclui o modelo financeiro que tem sido usado com muito sucesso pelas empresas em todo o mundo para calcular a taxa de retorno financeiro de um programa de bem-estar, então aguardem.
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